Aconteceu em Santarém. Já faz algum tempo.
Foi no dia 23 de Novembro de 2009, por volta das 10:00 e desde então aquele espaço nunca mais foi o mesmo, agora só o tempo poderá apagar a sombra negra que se abateu sobre a Pastelaria "REAL", talvez; uma nova gerência, quem sabe um outro nome, esperar para ver.
Foi no dia 23 de Novembro de 2009, por volta das 10:00 e desde então aquele espaço nunca mais foi o mesmo, agora só o tempo poderá apagar a sombra negra que se abateu sobre a Pastelaria "REAL", talvez; uma nova gerência, quem sabe um outro nome, esperar para ver.
Queixa na Polícia não a salvou da morte
Em dez dias, cinco mulheres foram assassinadas pelos companheiros. Ontem, segunda-feira, Alice Duarte, de 46 anos, não sobreviveu a um tiro de caçadeira, mesmo depois de já ter alertado as autoridades que sofria ameaças de morte.
Foto original: O Mirante
Pouco passava das 10 horas da manhã quando António S. entrou na pastelaria "Real", no centro de Santarém. Discretamente, passou pelos cinco clientes que tomavam o pequeno-almoço e abeirou-se da cozinha. Ouviu-se um estrondo. Um tiro. Maria Alice Duarte, de 46 anos, caiu inanimada. "Já está. Tinha de fazer justiça pelas minhas mãos", disse o homicida, ex-namorado da vítima.
"Quando vi a Alice deitada no chão, ia no seu encalço, mas ele olhou para mim e apontou-me a arma à cabeça. Só tive tempo de me baixar e fugir também", disse emocionado, Agostinho Pereira, sócio de Alice Duarte, ao JN. Ao sair da pastelaria, Agostinho Pereira trancou a porta por fora, de modo a não deixar fugir o homicida.
Mas, ainda antes de ligar para a polícia, ouviu um outro tiro.António S., de 47 anos, ex-namorado da vítima, ainda tentou o suicídio. Apontou a arma contra si e disparou, mas atingiu apenas um braço.
Ao que o JN apurou, Maria Alice, natural de Amor, em Leiria, era divorciada e vivia com o filho de 19 anos na cidade de Santarém. Há cerca de dois meses tinha iniciado um relacionamento amoroso com António S. , mas durou pouco. Há um mês, Maria Alice optou por colocar um ponto final na relação. "Ela chegou à conclusão que ele não era homem para ela. Andava sempre a viajar por causa do trabalho e ela quis acabar tudo", contou uma amiga da vítima.No entanto, o homem não ficou satisfeito com a decisão e passou a telefonar regularmente a Maria Alice como intuito de reatar o relacionamento. Como esta nunca acedeu ameaçou-a de morte.
Fonte da PSP, confirmou ao JN que a vítima tinha, efectivamente, apresentado uma queixa por ameaças de morte contra o homicida e que o processo estava a seguir os trâmites legais normais.
Blogue original: Não se cale.
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