quarta-feira, 7 de abril de 2010

Identidade perdida


O negócio do sexo está em alta e sempre esteve.
Vivemos num mundo em que somos bombardeados constantemente com informações e apelos ao sexo.
Jornais, televisão, revistas, publicidade, Internet, livros, modas e etc.
A maior parte das conversas de Homens são sempre as mesmas; Dinheiro, Futebol e mulheres, como homem, não consigo passar um único dia sem receber impressões de alguém ou de um veículo de informação que me fale de sexo.
Começo o meu dia com o pequeno almoço enquanto os meus filhos e a minha mulher se preparam para mais um dia de trabalho e de escola.
Após distribuir os filhos pelas escolas, vou ao encontro de um grande amigo para tomar o rotineiro café diário na minha pastelaria-café favorita. Lá sentamos e inevitavelmente agarramos os jornais diários, regionais e revistas. Os assuntos são sempre o mesmo: Violações em Portugal e no mundo, leis e polêmicas sobre casamentos do mesmo sexo, as páginas do talho nos classificados (prostituição), escândalos sexuais envolvendo alguma figura pública, mulheres seminuas nas páginas cor de rosa e nas revistas semanais e notícias sobre " Transexuais", para variar, sem falar nas notícias de alguns idolos másculos que se passaram para o outro lado.
Nas notícias cada vez é mais frequente as informações de famosos e famosas que fizeram operações e mudanças de sexo. Antigamente um homem que queria ser mulher fazia as operações e o consumo de hormonas para ganhar mamas e corpo de mulher e a seguir a remoção do sexo. Neste momento as informações dadas pela a imprensa, é que existe maior procura de um homem com corpo de mulher mas com o pénis e de preferência bem dotado.
Em casa e no trabalho, assim que abrimos uma página na Internet para pesquisa e desenvolvimentos de alguns temas, somos logo bombardeados por anúncios em banners e anúncios estáticos a nos oferecerem produtos para melhorarmos o nosso desempenho sexual. e assim é a nossa vida do dia a dia.
Estamos a perder a nossa identidade. Dentro de poucos anos já não saberemos o que é certo ou errado, se é doença ou mau formação genética, se é espiritual ou consequências de vidas passadas, se somos Homens em corpos de Mulheres ou vice-versa ou se é cérebro feminino em corpo masculino. Só sei que antes um “Hemafrodita” era visto como uma aberração ou como uma pessoa sofredora cheia de dúvidas sobre a sua identidade, hoje esta pessoa está na moda e têm um mercado a sua espera.
Qualquer dia estamos sujeitos a que uma criança chame um homem de mãe e uma mulher de pai. “Bem vindo ao nosso pequeno Mundo”.
Imagem original de: Notas Impacientes

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