sexta-feira, 30 de abril de 2010

Repensar Portugal

Imagem Original: Porugal no seu melhor
Crítica na aldeia
As classes sociais estão cada vez mais definidas e elas são o rico e o pobre, a classe média começa a entrar em extinção.
O povo em geral, após o 25 de Abril e com o fim da ditadura, a globalização foi tomando conta dos mercados portugueses, com a abertura das fronteiras os mercados foram se tornando mais competitivos e os preços dos produtos, influenciado pelo aumento da produção das indústrias estrangeiras "baratearam", tornando mais acessível a compra pelo consumidor.
A nova geração de portugueses não viveram as fases do racionamento que outrora os seus pais e avós viveram. A dita liberdade foi posta em prática sem um projecto de vida para os portugueses no futuro.

Imagem original: Portugal no seu melhor

Ganhou-se qualidade de vida e poder de compra, mas perdeu-se muitos valores culturais. Hoje as pessoas não sabem fazer comida, costurar, e reaproveitar sobras para fazer transformações, seja de bens ou de alimentos ou reaproveitar materiais para reutilizar com outros fins, coisas que os antigos faziam.
A nova geração, influenciadas pela libertação da ditadura começaram a fazer vida de rico sem pensarem no amanhã, descuidando-se dos conhecimentos e da sabedoria dos antepassados, pensando que dificuldades como as deles não haveria mais.
A nova geração optaram na sua maioria "comer fora", divertirem-se, viajar, cinema, férias, acessos facilitados ao crédito, mas infelizmente dentro de tantas facilidades faltou o saber gerir e hoje esta geração que se encontra com maus hábitos vão ter que reaprender a viver.
Aqui se repete a história da “cigarra e a formiga”, a cigarra queria diversão enquanto as formigas trabalhavam para armazenar o formigueiro com comida e assim fazer frente ao inverno rigoroso que se aproximava, quando chegou o frio a cigarra congelava de frio e se não fossem as formigas ela morreria de fome e de frio.

Imagem original: portugal no seu melhor


Portugal se encontra assim, os Espanhóis estão na crise mas investiram muitos dos fundos em equipamentos agrícolas e barcos pesqueiros e desenvolveram o turismo.
Os hotéis de Espanha recebem milhares de turistas inclusive “portugueses”, os vastos campos espanhóis estão plantados e exportam de tudo para o resto da Europa e nós somos meros consumidores que ficamos apenas a olhar.

Imagem original: portugal no seu melhor


O nosso sonho de liberdade e da vida fácil, só serviu para fomentar a corrupção que aumentou e os dinheiros injectados aqui (Portugal) desapareceram.
Infelizmente não se construiu nada que desse emprego as gerações vindouras.
Portugal cometeu o mesmo erro no que diz respeito as ex-colónias, o ouro e os diamantes vindos de Angola e Brasil desapareceram misteriosamente e de nada serviu o Sr. Salazar guarda-los. Salazar fez mal em não investir no povo e no país. Este assunto é um tabu, que ninguém fala e ninguém investiga.
Portugal hoje vive uma crise, a crise que tantos portugueses falaram durante anos não é nada comparado a isto.
Neste momento o mundo de fantasias está fechando as portas e a realidade começa a chegar até a maioria.
Vamos todos pagar, pagar por dinheiros maus investidos e pelos corruptos que lucraram com os dinheiros dos fundos Europeus.
O povo português viveu uma grande fantasia, mas com um final triste, As facilidades de acesso ao crédito acabaram, aquela vidinha regada e fantasiosa do faz-de-conta acabou e agora só nos resta arregaçar as mangas e trabalhar; mas em quê?
Não importa: A verdade é que o mês tem 30 dias mas o dinheiro só nos dura 10. Não saiam das casas dos vossos pais; é o conselho que eu dou: Lá pelo menos há refeições quentes e uma cama quentinha. Ah! E não é preciso pagar as contas, "o velho paga", casar para quê? Perdeu o juízo. "Pagar renda, água, luz, fazer comida". Não vale a pena, seja sensato: vá namorando, passear é bom, ter um carro para os fins-de-semana e juntar dinheiro para umas férias no Algarve, nada mal.
Imagem original: Portugal no seu melhor.

Os canudos da faculdade são para pendurar na parede, eles representam uma conquista pessoal e não uma posição no mundo dos negócios, para isso é preciso uma boa cunha para entrar numa repartição pública, os concursos favorecem aqueles que as chefias querem e não aos competentes, mas nunca perca a esperança e a fé em Deus, pois só ele e com um pouco de força de vontade da nossa parte poderemos vencer as injustiças sociais.

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