quarta-feira, 15 de setembro de 2010

BULLING

Imagem original: revistagrandestemas
crítica na aldeia
BULLING ou bullying
Fazer pouco, agredir, intimidar, ofender e humilhar são as armas de muitos gangs e pequenos grupos que actuam nas escolas e fora delas.
O que para muitos era “normal”, coisa de criança e de adolescente é, na verdade, bullying - palavra em inglês que é usada com o sentido de zoar, gozar, tiranizar, ameaçar, intimidar, humilhar, isolar, perseguir, ignorar, ofender, bater, ferir, discriminar e colocar apelidos maldosos.
A gravidade é que esse padrão de comportamento está longe de ser inocente. Trata-se, na verdade, de um distúrbio que se caracteriza por agressões físicas e morais repetitivas, levando a vítima ao isolamento, à queda do rendimento escolar, a alterações emocionais e à depressão. Depois do incidente.
O "bullying", palavra inglesa com difícil tradução para português mas com forte significado, consiste, na violência física e psicológica consciente e intencional exercida por um indivíduo ou um grupo sobre outro indivíduo, ou grupo, incapaz de se defender e que, em consequência de tal agressão, fica intimidado, afectando a segurança, auto-estima, equilíbrio e personalidade.
Com as novas tecnologias e com a diversidade de produtos multimédia existentes no mercado é impensável que as escolas não as utilizem a seu favor as câmaras de filmar, nos pátios e no exterior junto as escolas. Nestes casos as câmaras de filmar podem dissuadir maus comportamentos e corrigir determinadas posturas menos próprias dos alunos, no caso o “bullying".
Já sabemos que o desemprego está a aumentar, os trabalhos precários também e que criar um filho com a qualidade de vida que ele merece, está cada vez mais difícil, pois tal atitude depende de tempo e dinheiro para os pais.
Em casa, muitas das crianças ficam sozinhas. Isto acontece devido a incompatibilidade dos horários de trabalho com o da escola. Uma parte do desemprego deve-se sem dúvida as distâncias entre a escola e o trabalho.
Não é preciso pensar muito, Muitos dos pais têm pouca formação e descarregam suas frustrações, traumas e fobias em cima das crianças e muitas destas crianças crescem sem à presença dos pais e elas muitas vezes também são testemunhas de violência doméstica, sem falar de outros abusos que ocorrem em Portugal e no Mundo.
Sabemos que estas crianças e adolescentes que praticam o “bullying", reflectem um pouco daquilo que aprenderam em casa e nas ruas.
Lá se foi o tempo em que as mulheres ficavam em casa a criarem os filhos e o tempo em que os ordenados dos maridos eram o suficiente para viverem com alguma dignidade.
Portugal têm um nº reduzido de crianças e uma população envelhecida, neste momento Portugal, depende dos imigrantes para aumentarem a taxa de natalidade, fazer descontos e preencher os empregos de baixa renumeração salarial. Mas os imigrantes também trazem problemas, muitos deles têm fichas criminais, outros são fugitivos de países em guerra e outros estão nas mãos de máfias e tal como os portugueses acabam por terem que deixar os filhos muitas vezes sozinhos.
Além de ver adolescentes a extorquirem dinheiro e bens na saída das escolas, vejo crianças que transportam nas suas mochilas tabaco e fumam nas portas da escola, influenciando outros como factor de sucesso e independência. Aqui temos mais um problema que é o vício e para o vicio têm-se que arranjar dinheiro.
Também já tive a oportunidade de observar outros pais que elogiam a esperteza de seus filhos pelos objectos que eles trazem da escola, objectos estes que não foram adquiridos com dinheiro próprio mais sim pela violência e roubo.

Os efeitos do "bullying" podem ser vários. Baixa auto-estima, medo, pesadelos, rejeição da escola, insegurança, ansiedade, dificuldade de relacionamento interpessoal, dificuldade de concentração, diminuição do rendimento escolar, dores de cabeça ou de estômago, mudanças repentinas de humor, vómitos, urinar na cama, falta de apetite, choro, insónia, indiferença, aumento de pedido de dinheiro e até roubos em casa e surgimento de objectos estragados ou desaparecidos sem que seja dada uma explicação para tal.


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