terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Centros Históricos, decadentes.

Centros Históricos, decadentes.
Santarém após um ano de dificuldades e de crise, recomeça o mês de Janeiro com muitas dificuldades.
Este maravilhoso centro histórico, começa cada vez mais a mostrar as fraquezas das suas estruturas comerciais. O abandono e a desertificação em pró das novas construções na periferia, veio agravar cada vez mais a vida na cidade velha e histórica.
As zonas industriais levaram o comércio para fora da cidade, comércio que outrora obrigava os senhores do dinheiro a entrarem na cidade e a movimentarem todo o comércio local.
O comércio de quartos, que na maioria das vezes não era declarado, também está acabando por falta de condições de habitabilidade, pois o património antigo encontra-se emparedado e degradado devido as baixas rendas e do congelamento das mesmas.
A maior parte das lojas do centro histórico, apresentam prejuízos todos os anos, mas mantém as portas abertas devido as baixas rendas. Um dos factores que obrigam os comerciantes a continuarem é a idade, pois eles não têm direito ao desemprego, resta-lhes esperarem pela idade da aposentadoria.
Há quem fale de comércio de “fachada” para encobrir a verdadeira origem dos rendimentos, mas isso é outra história.
Com a abertura das novas superfícies, com melhores acessos rodoviários e melhores condições que vão ao encontro das necessidades e desejos do consumidor, Santarém assim como muitas das cidades históricas deste país, fica muito aquém das expectativas e da oferta de serviços de qualidade.
Neste mês de Janeiro, a impressão que temos é que é o mês das férias. As lojas e as ruas da nossa bonita cidade estão completamente vazias, sem falar que o nosso famoso comércio tradicional agora abre as 10:00 horas e fecha exactamente as 19:00 horas,
A criminalidade aumentou significativamente devido a desertificação dos centros históricos e as pessoas já começam a terem medo de andarem a noite em ruas como a “SERPA PINTO” (rua direita) ou mesmo pelas travessas a noite que se encontram sem iluminação, como é o caso da TRAVESSA DAS CONDINHAS, onde se situa a ACADÊMICA DE SANTARÈM.
As belíssimas calçadas portuguesas encontram-se também em ruínas devido ao abuso excessivo de carros estacionados em lugares proibidos como o caso da Rua dos Correios, ERNESTO DR; TEIXEIRA GUEDES E GUILHERME DE AZEVEDO.
Quanto aos estacionamentos da cidade, o uso continua abusivo, as pessoas não estão pagando os “PARKÍMETROS”, atrás da Igreja de São Nicolau e no Largo dos Rapazes, prejudicando aqueles que pagam e o comércio local de restaurantes, obrigando assim o potencial cliente a se deslocar para outra freguesia.
E assim vamos vivendo numa cidade de fantasia e não numa realidade. Brincamos aos empresários e ao faz de conta quando na realidade as coisas vão muito mal.

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