Existem coisas engraçadas, por exemplo:
O nosso Jardim da Liberdade tem as vistas favorecidas voltadas para a PSP e para o Tribunal, esta então têm uma recta directinha a ele.
Encontro quase todos os dias pessoas que falam mal do Jardim da Liberdade, mas também digo que essas mesmas pessoas são assíduos frequentadores do mesmo.
Conheço pessoas que evitam frequentar aquele espaço porquê não foi o partido delas que fez as obras.
Tudo isso, não passa de uma grande estupidez: Ganhou à cidade, ganhou as pessoas, ganharam as crianças e ganhou Santarém.
Não adianta as pessoas criticarem se as obras estão mal feitas, se as calçadas portuguesas não têm desenhos alusivos ao Ribatejo, se o presidente é “alentejano” e não valoriza a nossa cultura, se haverá menos espaços gratuitos para estacionarem, se a C. M. de Santarém está endividada. Está feito: Isto é o que importa? O resto acontecerá no seu tempo.
Mas á grande verdade é que, foi preciso vir alguém de fora para revolucionar Santarém.
Santarém está no mapa novamente, existem mais frequentadores dos espaços públicos, existem mais crianças à beneficiarem e aproveitarem os jardins existentes em Santarém.
O CENTRO HISTÓRICO
Há muito que se fala em fechar o Centro Histórico de Santarém, diminuir o trânsito local, mas ninguém fez isso. O que é mal para a conservação do património. Á degradação dos prédios e as fissuras nas casas velhas são uma constante. A trepidação que os carros provocam, torna feia a nossa Cidade. Paredes sujas e rachas nas paredes são uma constante.
ÓBIDOS UM EXEMPLO A SEGUIR
Óbidos é um bom exemplo do que deve ser feito. Naquela cidade velha, não entram carros, só os da manutenção. A ASAE, não interfere naqueles espaços.
As casas são as que já existiam, as suas estruturas e o modelo típico são o que existiam naquela época. Se mexerem e exigirem alteração daqueles espaços para que se possa habitar ou praticar o comércio, então o povo português estaria perdendo a sua história e a sua identidade.
Os estrangeiros respeitam muito esta forma cultural de ver e manter o que já havia antes, pois eles sabem que o turismo local funciona e têm interesse devido a originalidade e as características locais do povo e do património de cada região.
Para se ter turismo é preciso eliminar tudo o que o mata. No caso de Santarém centro, são os carros que devem ser eliminados na cidade. E as casas devem criar condições para que se possas habitar e praticar o comércio, sem roubar a sua originalidade.
Vejam o centro de Santarém: Não se pode caminhar tranquilamente na rua dos correios (Dr. Teixeira Guedes e Guilherme de Azevedo), pois o abuso dos automobilistas é desmedido e obriga as pessoas e as crianças andarem no meio da rua, sem falar nos passeios que estão cheios de buracos e pedras soltas, nas passadeiras encontramos outros abusos, carros estacionados em cima delas, impedindo à passagem de peões.
Na zona dos correios, aparecem pessoas que estacionam seus carros e se dão ao luxo de tirarem uma senha e aguardam a vez. Mais acima, debaixo dos sinais de proibição, encontram-se carros parados encostados quase as portas das lojas e que obrigam as pessoas contornarem o veículo pela rua.
Muitas dessas pessoas, moram aqui no planalto e deslocam-se nos seus carros para tomarem café e fazerem as compras.
Quanto as casas de Santarém e de muitos centros históricos, são demasiadas caras para se reabilitar. Os impostos e as exigências são exageradas, tanto para o senhorio como para o futuro inquilino.
As licenças, os projectos, as obras, os impostos, as rendas, as vistorias, projecto contra incêndios, associações e formação paga obrigatória, certificação energética e mais alterações do espaço consoante o comércio. Por ex: afundamento do solo para ganhar altura, conforme o comércio praticado, entre outros. Isso faz com que o senhorio ou o investidor tenha que dar um "boi" para comer uma perna e mesmo assim esta perna não é garantida.
Tudo isso faz com que o investidor leve o seu investimento para outro lado, o que é uma pena: O comércio das travessas continuam à morrer, à desertificação continua a aumentar, pois as casas já se encontram demasiadas degradadas para se recuperarem. Tudo isso é consequência da política do arrendamento urbano, as rendas permaneceram e permanecem demasiadamente baixas para que se possa recuperar o património existente.
As consequências são: Desertificação, falta de investimento, abandono do património, derrocadas, aumento do crime e perigo para o cidadão.
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