segunda-feira, 22 de junho de 2015

Portugal já foi dos países da Europa com menor taxa de suicídio e hoje está nos primeiros lugares, os nossos governantes dizem que não é da crise económica mais os estudiosos dizem o contrário.

Investigação da revista médica The Lancet conclui que o índice de suicídios cresceu com o desenvolvimento da crise financeira. Os países em que as dificuldades foram mais severas são aqueles em que se verifica um maior aumento.

Em Portugal, é “um problema de saúde pública”

Os dados mais recentes da Pordata indicam que 1.098 pessoas se suicidaram em Portugal no ano de 2010, mais 84 do que no ano anterior. No passado domingo, Fernando Leal da Costa, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, afirmou que o suicídio é um “problema de saúde pública” e uma “realidade crescente” em Portugal, que necessita de medidas prioritárias para o combater.
As taxas de suicídio em Portugal são inferiores à média europeia e inferiores às da Alemanha, Dinamarca ou Holanda. Na Grécia, as taxas de suicídio são também mais baixas. Há factores culturais, sociais e religiosos na base destas variações, porém devemos também ver o nº de habitantes por país e portugal possui cerca de 10 milhões de habitante e já começa a ter um nº elevado de estrangeiros, portanto devemos subtrair para ver o que fica....

Ler mais: http://visao.sapo.pt/a-crise-aumenta-a-depressao=f804217#ixzz3dnEsTZ3j

O desemprego a falta de justiça contra os grandes realmente contam para a desistência de viver. Nestes últimos anos, a impunidade de políticos, banqueiros e empresários sobrecarregaram os frágeis bolsos do Zé Povinho e a falta de humanismo de sectores como as Finanças foram a gota de água para aqueles que trabalharam uma vida e agora vêem os seus bens indo a caminho do leilão por menos de um décimo dos seus valores, quando o estado deveria apoiar o povo nesta transição terrível no qual o povo é apenas vítima de má administração e corrupção por parte dos nossos dirigentes que vivem como Reis e sem qualquer contenção.
Até o subsídio de desemprego já está a ser penhorado, acho vergonhoso e associo como consequência o aumento da criminalidade que é outro factor negativo que está crescendo em Portugal. 
Para quem não sabe, existem muitas pessoas que já possuem mais de 30 a 60 cursos do instituto do emprego e formação profissional e que recebem um rendimento de 4,27 euros de subsídio refeição que é no fundo o seu salário, pois assim não entram na lista dos desempregados e não aparecem na estatística, esses diplomas não valem nada e as empresas olham para esses certificados com desconfiança, quanto aos outros desempregados, muitos queixam-se de terem os seus nomes apagados da lista mais que uma vez. 
 Voltando as taxas de suicídio, deixo aqui uma pequena ligação ao Jornal Médico. 
Investigadores da Universidade de Zurique, na Suíça, utilizaram um modelo longitudinal para avaliar o impacto do desemprego na prevalência do suicídio entre 2000 e 2011, um período temporal que engloba, para além de uma fase de estabilidade económica, uma outra, com início em 2008, de profunda recessão à escala global.
Utilizando dados sobre suicídio e economia da base de dados de mortalidade da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), os investigadores calcularam o efeito das taxas de desemprego no número de suicídios em 63 países, de quatro regiões do globo, bem como em diferentes idades e em função do género.
Os resultados, publicados na última edição do The Lancet Psychiatry Journal, mostram que o desemprego teve um impacto similar sobre o suicídio nas diferentes regiões avaliadas e que o risco relativo de suicídio associado ao desemprego aumentou de 20% para 30%, entre 2000 e 2011, em todas as regiões.
Os investigadores estimam em cerca de 233 mil, o número de suicídios ocorridos por ano entre 2000 e 2011, estando o desemprego associado a cerca de um quinto dos casos (45 mil). Ainda que com uma diferença… O desemprego esteve associado a 41.148 suicídios em 2007 e a 46.131 em 2009. Ora, apontam os autores do estudo, os 4.983 suicídios a mais registados neste último ano estão relacionados com a crise económica de 2008.