terça-feira, 8 de novembro de 2016

Desemprego, desempregado?



Certo dia recorri ao Centro de Emprego mais uma vez, pois, vi um anúncio que dizia que havia emprego para a minha idade ou seja: 50 anos. Tirei a senha e esperei a minha vez. Quando fui chamado diante da funcionária do IEFP, expliquei que aqueles empregos me interessavam e que estava disponível. A minha surpresa foi quando me perguntaram se eu era toxicodependente ou sofria de violência doméstica e eu respondi que graças a "Deus" eu não era desse género. A funcionária disse-me então que eu não me enquadrava no perfil para aqueles trabalhos. Eu também respondi-lhe que pessoas com aqueles "perfis" não são pessoas que consigam se manter nos trabalhos.

Estou a mais de 5 anos desempregado e a única coisa que me arranjaram foi trabalhos precários sem seguros e por conta de empresas temporárias que auferem do meu vencimento e utilizam recursos e imóveis do IEFP e cursos que não garantem postos de trabalhos e já são vistos com desconfiança pelas entidades empregadoras. 

Têm havido muitos acidentes na zona industrial de Santarém, onde o funcionário trabalha sem seguro e sem exames médicos para auferirem de 2,50 euros hora. Como pode Portugal crescer, como pode a economia interna das cidades prosperarem se as pessoas não possuem o mínimo para terem alguma qualidade de vida?

Para trabalharem por valores tão baixos de ordenado, as leis deviam se fazer cumprirem nestas grandes empresas de hipermercados e as que trabalham para estas, deviam serem obrigadas a darem o transporte e seguros para todos os que participam e produzem em pró destas superfícies que semeiam a desumanização e a precariedade. 

O ano passado trabalhei 6 dias numa destas empresas e o dinheiro que paguei em impostos foi superior ao que recebi devido ao escalão que juntou os meus rendimentos ao da minha mulher. Resultado: Paguei para trabalhar e ganhei uma bruta dor nas costas e nos braços devido as toneladas de carne que alombei. Está tudo errado??? A pobreza caminha em passos largos e o governo só se preocupa em fazer cortinas de fumaça para que o povo não veja a realidade e estes que estão no poder não são diferentes e nem melhores daqueles que saíram.

A nossa taxa de desemprego na minha opinião é cerca de 20% e não os 11% que dizem, uma vez que estamos sempre a sermos apagados das listas dos desempregados ou fazendo cursos de 25 horas para nos ocuparmos.

Os empregados de longa duração quase não existem, pois os valores são manipulados, basta que arranje um dia de trabalho ou um mini curso para deixar de ser desempregado e assim vai-se dando cabo das estatísticas.


Os Jovens:
Organização Internacional do Trabalho (OIT) conta ou consta que haverá 73,4 milhões de jovens desempregados em todo o mundo. Os números apresentados adiantam que os jovens portugueses são dos cidadãos da União Europeia que mais desejam emigrar para outro país em busca de melhores oportunidades de emprego.

O desemprego em Portugal está muito escondido, porém não se consegue enganar o nº e trabalhadores que fazem descontos, mas esta parte é omitida.
Uma das preocupações da UE é com o nº de portugueses (28%) que ainda não utilizam a (NET) e o Estado sabe que a partir das plataformas das entidades públicas, poderão reduzir substancialmente o nº de trabalhadores uma vez que os contribuintes tratarão dos seus processos e pagamentos através da INTERNET.
Os próximos empregos a desaparecerem serão na sua maioria serão os administrativos, porém se repararem, verão que os empregos crescentes são os do partidos e os políticos que nada produzem e auferem valores a partir de 2000,00 euros para cima mais as mordomias.
Quanto as formiguinhas que auferem de vencimentos entre os 600,00 e 800,00 euros e estão a mais de dez anos sem aumentos, podem perfeitamente serem dispensadas apesar de trabalharem muito, mesmo assim são vistas pelos de fora da função publica como parasitas e sugadoras de dinheiro do povo.

Infelizmente: Temos que contar com a justiça de Deuz já que a justiça dos homens não se vai lá....