quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Taxa de natalidade mais baixa em Portugal.

A taxa de natalidade em Portugal continua a baixar.
Segundo aos actuais estudos, a situação económica, o fraco poder de compra, baixos ordenados, empregos precários, impostos e a não comparticipação de despesas, as grandes despesas associadas aos filhos, os horários escolares não compatíveis com as horas de trabalho dos pais, são elementos dissuasores para quem um dia pensa em ter filhos.
A taxa de natalidade em Portugal baixou para metade em quarenta anos, revela um estudo da União Europeia, que recomenda um aumento da imigração para assegurar o crescimento da população. (ESTUDO 2005)

De acordo com o estudo «Confrontando a alteração demográfica: uma nova solidariedade entre as gerações», um casal português tinha em média três filhos em 1960, mas em 2003 essa média baixou para 1.5. e neste momento parece estar em 1.2.
Segundo alguns relatórios, nos anos 60, Portugal tinha anualmente cerca de 200.000 nascimentos e neste momento têm cerca de 100.000, nos quais 40% são filhos de imigrantes.
Neste relatório: 2005
O relatório, que alerta para o facto de os europeus terem uma taxa de «fertilidade insuficiente para a substituição da população», indica que em todos os países europeus a taxa de natalidade está abaixo do valor mínimo para a renovação da população (cerca de 2.1 por casal), tendo caído para 1.5 filhos por casal em muitos estados-membros, incluindo Portugal.
Desta forma, o relatório da Comissão Europeia sugere que «serão necessários maiores fluxos de migrações para satisfazer as necessidades de trabalho e salvaguardar prosperidade europeia».

Segundo o estudo, a imigração nalguns países da União Europeia tornou-se «vital» para assegurar o crescimento populacional e será responsável pelo previsto aumento ligeiro da população em 2035.
O documento refere também que a população na UE está a diminuir: «O número médio de filhos que os europeus gostariam de ter é de 2.3, mas apenas têm actualmente 1.5». No ano de 2005
Para a Comissão Europeia, os governos deveriam desenvolver políticas que permitissem às famílias conciliar o trabalho com a vida familiar, nomeadamente «benefícios familiares, licença parental» e acesso à habitação.
Esperança de vida aumentou
Por outro lado, o estudo adianta ainda que a esperança média de vida tem vindo a aumentar na Europa. Em Portugal aumentou cerca de 20 anos entre 1960 e 2002.
Enquanto em 1960 a mulher portuguesa tinha uma esperança de vida de cerca de 65 anos, em 2002 essa expectativa subiu para os 80 anos, refere o relatório.
Em relação a este relatório, penso que a UE exagerou quando disse que os europeus teriam uma taxa de «fertilidade insuficiente para a substituição da população». Pessoalmente discordo desta afirmação.
Quando olhamos para outros países como por exemplo à França, os nossos irmãos portugueses procuram ter mais filhos, pois as ajudas dadas pela segurança social francesa, permitem que a mãe possa ficar em casa e que os filhos não passem necessidades. Nestas situações os portugueses procuram ter mais filhos, pois as suas mulheres estão seguras e os seus filhos também. É o oposto do que acontece em Portugal.
No caso dos imigrantes que vivem em Portugal, passa-se o mesmo. Uma vez empregados, os valores recebidos são muito superiores ao dos seus países de origem e caso não consigam logo emprego, a nossa segurança social é mais condescendente com as situações dos imigrantes do que as dos portugueses.

Assim, a Comissão Europeia avisa que «a idade da reforma terá que continuar a aumentar» e o «emprego terá que crescer» para que as pessoas possam ser integradas no mercado de trabalho.
Eu aqui questiono novamente: Se a alguns anos atrás, a idade jovem ia até aos 30 e hoje vai até aos 35 anos e após esta idade passamos automaticamente a “velhos”, como será o futuro dos trabalhadores não especializados em determinadas áreas daqui há alguns anos?
Será que seremos futuros mendigos que teremos de mendigar até a idade da reforma?

O texto original: Encontra-se  TSF
Curiosidade: Jornal o Público, Alexandra Campos.
Até Setembro do ano passado, o número de mortes suplantou o de nascimentos. Se a tendência não se inverter, será o segundo ano da nossa história com um saldo natural negativo.
As imagens são do blog: galeriacores

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