Pedidos de ajuda de famílias em dificuldades quase duplicaram em Janeiro - Economia - PUBLICO.PT
Manuela (nome fictício) é funcionária pública. Separada e mãe de dois filhos menores, sobrevive, desde 2011, ao corte salarial imposto pelo Governo, que lhe retirou 300 euros ao orçamento mensal. Na carta que enviou à Deco, diz que quer honrar os compromissos financeiros, mas já não sabe como. Este é apenas mais um caso que bateu à porta da associação este ano, contribuindo para um aumento sem precedentes nos pedidos de ajuda por sobreendividamento.
Manuela (nome fictício) é funcionária pública. Separada e mãe de dois filhos menores, sobrevive, desde 2011, ao corte salarial imposto pelo Governo, que lhe retirou 300 euros ao orçamento mensal. Na carta que enviou à Deco, diz que quer honrar os compromissos financeiros, mas já não sabe como. Este é apenas mais um caso que bateu à porta da associação este ano, contribuindo para um aumento sem precedentes nos pedidos de ajuda por sobreendividamento.
Um comentário:
Portugal lidera hoje o "clube da bancarrota" (TOP 10 dos países com mais alta probabilidade de entrarem em incumprimento da sua dívida soberana num horizonte de cinco anos). Ocupou o lugar da Grécia, que foi excluída desta galeria de candidatos ao default (incumprimento) mais tarde ou mais cedo. Abriu com um risco de 63,94%, superior ao valor de fecho de sexta-feira, segundo dados da CMA DataVision. Ao final da manhã subiu para 64,62%.
O foco de atenção destes mercados da dívida deslocou-se, agora, para Lisboa.
O nível de risco da dívida portuguesa está distante do patamar a que chegou o risco grego, acima de 90% nas últimas semanas, antes de entrar em default, e com um custo "à cabeça" dos contratos dos credit default swaps (seguros contra o risco de incumprimento, acrónimo cds) no patamar dos 75 pontos. O custo à cabeça dos contratos de cds para a dívida portuguesa está em 35 pontos, segundo dados da Markit.
A probabilidade de incumprimento da dívida espanhola, italiana, belga, francesa e austríaca abriu hoje a subir. Apenas a irlandesa desceu ligeiramente.
O "clube da bancarrota" integra, agora, três países da zona euro, Portugal, que lidera, a Irlanda em 4º lugar, e Espanha em 9º. A Itália, com um risco de 27,4% está ainda a algumas décimas de distância do Líbano, que ocupa o 10º lugar, com 27,99%.
Portugal entrou, pela primeira vez, para este TOP 10 no 2º trimestre de 2010. Chegou ao 2º lugar no 3º trimestre de 2011. Portugal é resgatado pela troika em maio de 2011.
Continuando:
Toda a gente já percebeu que a Grécia vai acabar por sair do euro, mesmo admitindo que façam agora um esforço tardio para cumprir o acordo alcançado, mesmo que os socialistas franceses ganhem as eleições e que a senhora Merkel as perca.
Percebe-se também, só a mamocracia vigente não enxerga, que, enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
Daí que, Passos Coelho não queira mais
ajuda nenhuma, nem mais tempo para pagar. O BCE e a Comunidade Europeia estão a tentar a aguentar a Grécia, só e apenas, porque o risco de contágio nesta altura ainda é enorme. Há que não deixar desabar o edifício europeu, construído sob o tecto da moeda única, enquanto os outros Estados mais debilitados, mas em menor risco de incumprimento do que a Grécia, se recompõem.
Talvez por isso e só por isso, Pina Moura, fez a afirmação que fez.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/portugal-chega-ao-1-lugar-do-clube-da-bancarrota=f711008#ixzz1owHo3yby
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