terça-feira, 1 de março de 2011

Comércio de "fachada"

                                                                               Imagem de: notasedestaques
Hoje fui ao banco cancelar um crédito e em conversa com o caixa, acabamos por falar na desertificação da cidade de Santarém, dos estabelecimentos bancários estarem vazios, das baixas rendas que são responsáveis pela degradação e pelo funcionamento do comércio de má qualidade e outros pontos de interesse daqueles que se interessam pela "velha cidade de Santarém".

Uma das coisas que este conhecido bancário me disse, foi que mais da metade do comércio tradicional não ganha para o sustento e não sabe como é que estes empresários vivem, pois o dinheiro não entra nos seus bolsos e sim saí.

Fiquei a saber, que os comerciantes só estão abertos na sua maioria por causa das baixas rendas pagas aos senhorios e mesmo assim ainda apresentam prejuizos no fecho das contas, também fiquei sabendo que muitos só estão abertos a espera da idade da reforma e outros estão abertos só por causa dos filhos que estão desempregados.

Segundo uma das pessoas, no desenvolvimento da conversa, parece que é vergonhoso ter-se um filho desempregado ou estar desempregado, por isso faz-se um comércio de fachada onde não há lucro, mas assim o filho passa por empregado e têm direito mais tarde ao desemprego.

O resultado disso é: Um comércio de fachada, casas e imóveis degradados devido as baixas rendas, não dinamização do mercado imobiliário nos Centros Históricos, desertificação, Comércio de má qualidade entre outros problemas.

Quem paga por tudo isso somos nós que habitamos o centro histórico e sofremos as consequências de uma terra que não acompanhou a evolução dos tempos, devido as leis retrógadas do mercado do arrendamento urbano.

As ajudas para ajudarem os senhorios a cuidarem das fachadas, são uma piada de muito mal gosto, pois a ajuda não dá para sequer comprar tinta de má qualidade para pintar todo o imóvel.

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