quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Roubar e fugir ao fisco

Já corri muitos Distritos de Portugal, e todos eles têm uma coisa em comum, que é não declarar os rendimentos. É notório principalmente nos cafés e restaurantes mais antigos.
A táctica é:
1º conhece-se o cliente.
2º observa as pessoas que estão presentes no estabelecimento.
3º finge-se de esquecido, diz o valor da despeza e não regista a importância cobrada.
4º mantêm sempre a caixa registadora aberta.
5º se for empregado põe o dinheiro de lado e na ausência do patrão, discretamente enfia o dinheiro no bolso.
Moro em Santarém e observo todos os dias essas atitudes.
Já vi sócios e empregados a roubarem tanto, que em pouco tempo montaram eles um café.
No Mac Donalds, já vi pessoas pagarem um hamburguer e levarem tartes e outro hamburguer.
Em Portimão há pessoas que já levaram hamburguers recheados de notasn no meio de grandes movimentos, dividindo mais tarde com o empregado.
Infelizmente o vício do roubo está cada vez mais normalizado na nossa sociedade.
Um supermercado de Santarém, um encarregado me disse que mais da metade dos funcionários foram despedidos por roubo, e em outra superfície comercial aconteceu o mesmo.
Um certo hipermercado, também de santarém diz que quase 60% dos clientes habituais foram apanhados a roubarem.
O que dói é que o nosso famoso comércio tradicional, na sua maioria, assim como tantos outros, apresentam poucos funcionários competentes, e a esses não bonificam e não valorizam; e quando esses vão-se embora vai pra lá outro que se está lixando para o patrão ou para a clientela, seu único objectivo é apanhar uma oportunidade para sair de lá ou fazer tempo para o subsídio de desemprego.
Quem paga por um mau empregado é o patrão, que se arrisca a perder um bom cliente.
Há estabelecimentos que o patrão e o empregado estão de papel trocado com o cliente, os primeiros estão a espera que o cliente os agrade e não ao contrário. O cliente nesses estabelecimentos parecem não ter qualquer impotância e atende-lo bem não passa pela formação daqueles que se dizem profissionais de hotelaria.
Outra gravidade é servir produtos fora de prazo, por exemplo os bolos.
Quanto a situação inicial de fuga ao fisco, se a maioria dos estabelecimentos não declaram o IVA, porquê não fazem preços mais em conta para o cliente habitual.
Sei que o meu dever é pedir factura ou talão de compra, pois eu como consumidor final pago sempre o IVA.
Também acho que as finanças poderia combater as fugas ao imposto, se desse uma comparticipação de abatimento e amortizações nos impostos das facturas de produtos de consumo diário dos restaurantes e cafés; só assim o zé povinho ficaria motivado a pedir os seus talões.

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