Natal está chegando.
Esta altura é a época em que os comerciantes tentam "salvar" o ano de vendas, pois têm nos Centros Comerciais entre outros, grandes concorrentes.
Estas grandes superfícies oferecem todo tipo de conforto e apesar das altas rendas, muito das vezes conseguem vender mais barato que o comércio tradicional. Nestes espaços encontramos, estacionamento, temperatura controlada, conforto, elevadores, concentração de lojas, vários tipos de serviços, multibanco, diversão como cinema e parquinho para crianças e etc.
Encontramos também uma gama de restaurantes, na sua maioria fastfood á preços competitivos ou mais barato que no comércio externo.
Competir com as grandes superfícies é de extrema dificuldade, pois o comércio tradicional encontra-se degradado, desmotivado e sem espírito de sacrifício para contrariar as tendências das novas superfícies. Infelizmente, para estes comerciantes, este mês do Natal, é um mês muito complicado, escoar as mercadorias, cada vez é mais difícil.
As promoções, ofertas, saldos e descontos, acontecem todo o ano e as grandes superfícies são as primeiras a faze-lo, muitas das vezes o preço de um produto normal sem saldo, numa grande superfície é inferior ao preço em saldo no comércio externo.
Com o agravamento da crise, num ano de crise, já para não falar nos problemas de trânsito na cidade, mais a perda constante dos ordenados dos trabalhadores, principalmente da função pública, vem acentuar a desertificação dos centros históricos. Tal situação obriga as pessoas a procurarem quem vende mais barato e os produtos estrangeiros nos dão uma grande “coça” no que diz respeito aos baixos preços.
Durante o dia, vê-se pouco movimento sendo muitas vezes o nº de carros superiores aos pedestres.
O problema é que deixaram os centros históricos morrerem, cresceu a periferia e desertificou as cidades velhas, os senhorios por sua vez também foram penalizados com a política das rendas baixas.
O facto de haver tantas rendas baixas em travessas e ruas principais, condenam o centro histórico, pois não é viável fazer obras em prédios velhos, enquanto uma casa moderna pronta à habitar fica muito mais barata e com mais facilidade e menos burocracia na aprovação dos créditos.
Rendas demasiadas velhas prejudicam os centros históricos, para recuperar as casas só um decreto do governo para a aprovação de empréstimos bancários com juros baixos do contrário os senhorios não quer, pois não estão dispostos a se endividarem para toda a vida.
A ASAE só devia opinar nos centros históricos no que diz respeito o não passar facturas e a higiene alimentar o resto devia ser da responsabilidade das Câmaras e deviam seguir o exemplo de ÓBIDOS que têm muito para ensinar.
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