Existem serviços que deixam muito a desejar, vivemos uma época muito conturbada, a crise está muito presente em nossas vidas e o comércio tradicional vive momentos difíceis. São poucos os comerciantes que não baixaram os braços, mas acabam por desanimarem e por se encontrarem sós nesta luta.
As grandes superfícies, não têm coração nem sentimentos, não sabem o seu nome e não interessa saber, só em caso de passar um cheque ou abrir um crédito em seu nome é que as informações sobre a vida do cliente começam a interessar, mas mesmo assim a aproximação continua a ser um gelo.
O simpático ou não empregado atende as nossas necessidades, muitas das vezes sem qualquer motivação, para a formação que ele tem, o cliente é apenas o cliente e quanto ao crédito, será assumido pelo sector de crédito, ilibando o vendedor de qualquer dificuldade quanto o pagamento do mesmo.
As grandes superfícies roubam a interacção social que outrora existia no comércio tradicional, oferece conforto, estacionamento, diversão, diversos serviços e corredores de lojas e pronto a comer com clima controlado e com uma aparência limpa.
Tudo está pensado, o principal público é o jovem. A moda. A música e o brilho das marcas e luzes levam-nos a consumir cada vez mais nessas grandes superfícies que acaba passando uma falsa imagem de sucesso.
Quanto ao comércio tradicional, não consegue reagir e as suas ideias estão ultrapassadas assim como os autarcas eleitos que deixaram crescer os arredores das cidades sem nada fazerem para a preservação do mesmo comércio e que a maior parte deles estão perto de monumentos históricos e culturais que não beneficiam e nem cativam o turismo.
Os serviços no antigo comércio, estão caros e na maioria das vezes não oferecem qualidade é o caso dos restaurantes locais. Paga-se muito e come-se pouco e ainda por cima o cliente é atendido muitas das vezes por um empregado sisudo e com maus modos. As contas são outra questão: O cliente muitas das vezes paga o que não comeu.
Aqui na localidade (SANTARÉM) em certos locais, pagamos, pão, azeitonas, manteigas, queijos e até cafés a mais sem serem consumidos, principalmente quando os clientes são famílias ou grupos.
Outra situação são os preços da tabela ou seja o menu externo. Aqui o cliente entra no restaurante seduzido pelo preço externo. Exemplo: Carapaus, dose 6,50 euros e dentro do restaurante está a 7,00 ou 7,50 euros.
Observação: Em alguns casos os trocos em moedas também são inferiores a despesa correspondente.
A maior parte das pessoas não se queixam, limitam-se a falar com os amigos e colegas do sucedido e já não voltam naquele estabelecimento.
No caso das carnes grelhadas, muitas vezes os proprietários dos restaurantes aproveitam-se para passar a carne velha e com alguma deterioração junto com as outras, usando o típico prato: (Fritada mista).
A feijoada, na maioria das vezes, são feitas de enlatados do Continente e Feira Nova e as famosas sopas, entram o famoso caldo de carne ou peixe em cubos, sem falar que aparece também quem sirva sopa de pacote.
É por isto (falta de simpatia e de formação) e por causa de determinados patrões, que empurram comidas e bolos em más condições, que o comércio tradicional está ficando desacreditado.
É preciso pessoas que saibam lidar com pessoas e tratar de pessoas de uma forma simpática e honesta para que esta possa se sentir fidelizada e se sinta bem para voltar, só assim poderemos restabelecer uma ligação de qualidade e humana com o cliente.
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