Agora virou moda: Não querem trabalhar, Não gostam de trabalhar?
Existem pessoas que gostam de classificar assim os jovens é uma forma mais suave de dizer vagabundo.
Pessoas com sorte na vida, pessoas que conseguiram bons empregos no estado através de cunhas, pois se fosse assim somente por concurso, não passavam, mas são arrogantes e cospem para o ar, cospem no prato que já comeram, pois muitas destas pessoas se não fossem as influências do paizinho ou do padrinho, até hoje não trabalhariam, pois para a limpeza, supermercados e fábricas a ganhar salário mínimo, isso é que não.
Mas hoje elas enchem a boca e dizem que os desempregados não passam de Subsídiodependêntes". (sociologiaemfoco)
Infelizmente este é um fenómeno que está muito presente em Santarém, Portugal e na nossa sociedade desde há alguns anos, mas que se tem vindo a agravar devido não só à crise económica mas também ao aumento da taxa de desemprego.
Aqui em Santarém, existem muitos estudantes que concluíram o curso e tentaram se estabelecer por meio de subsídios muitos dos quais à fundo perdido. Não há nada de novo se não fosse o facto de esses ex-estudantes serem filhos de empresários e comerciantes bem sucedidos e portadores de grandes e recheadas contas bancárias, nas quais mais de metade do dinheiro ganho pela porta do cavalo, ou seja: Sem factura.
Devemos entender e considerar que nós somos todos contribuintes de um sistema social temos o direito a usufruir de determinados benefícios económicos por parte do Estado quando assim se justificar (for preciso), ou por uma situação de desemprego, doença, ou outra que possa impossibilitar a nossa sobrevivência sem o recurso a estes subsídios, mas devemos estar conscientes também de que vivemos numa sociedade, ou seja num complexo conjunto em que deve haver equilíbrio e bom senso nas atitudes que são tomadas face a este mesmo conjunto.
Não podemos esquecer, que a omissão da verdade e a corrupção que envolve todo o sistema seja de baixo ou de cima, prejudica gravemente o país. A falta de uma fiscalização honesta e competente, também agrava o nosso sistema social, prejudicando as reformas e os direitos futuros de cada cidadão.
Mas o que se tem observado são situações de subsidio-dependência por parte de alguns grupos que pensam que têm direito a usufruir de subsídios de todo o tipo sem produzir absolutamente nada nem se preocuparem minimamente em contribuir para o sistema macro, ou seja para a sociedade, não procuram emprego, esperam que seja o Instituto de emprego a encontrá-lo, acumulam inúmeras desculpas para não aceitarem as sugestões de emprego deste mesmo instituto, crescendo assim um certo “parasitismo social” que lesa gravemente a nossa economia.
Devo acrescentar que assim como o desempregado, os patrões também estão na mesma, todos querem subsídios e dinheiros do desemprego para empregarem os trabalhadores, no caso de empregar deficientes, para os patrões têm sido um bom negócio. Através dos fundos de apoio as condições de trabalho para pessoas com deficiência, “eles” até têm ganho dinheiro com o negócio. Outra forma de lucrar é o caso do primeiro emprego, mais um subsídio.
Infelizmente não é só o empregado que é culpado, os patrões consideram velho pessoas com 30 anos e com 35 e só querem na sua maioria pessoas que estejam a receber do desemprego e também convêm ao IEFP despachar aqueles que estejam a receber. Por outro lado, uma pessoa com 50 ou mais anos é velha para trabalhar e nova demais para se reformar.
O Estado também é culpado, pois ele dá subsídios para pessoas sãs. Existem uma infinidade de artistas agarrados aos subsídios, por exemplo: Em Santarém, existem indivíduos novos a receberem subsídios de inserção social e a noite trabalham em bares e discotecas sem descontarem ou declararem os rendimentos.
Outros corromperam médicos para falsas declarações e estão trabalhando e recebendo subsídios de incapacidade e depois ainda ganham mais dinheiro a trabalhar em cafés sem declarar.
Sem falar no pessoal de “etnias”, recebem, mendigam, vendem nas feiras, possuem carros e não declaram nada.
Ainda há os patrões, muito deles donos de cafetaria, pagam um ordenado aos empregados, mas não descontam para a segurança social deles, não pagam seguros, férias ou subsídio de Natal.
Além da fuga ao fisco que é comum ao comércio, ainda têm a agravante de terem muitas pessoas a trabalharem na clandestinidade e não são estrangeiros, mas portugueses. Muitos deles trabalham á anos e dão a cara todos os dias no balcão de atendimento.
É extremamente necessário que estas pessoas se consciencializem de que é legitimo usufruir dos subsídios que reivindicam na Segurança Social, mas ainda mais importante é não se deixarem encostar à sociedade que continua a batalhar para que o sistema funcione como um “todo organizado”, para que não se torne numa política injusta e até deseducativa para as gerações vindouras.
Hoje em dia, ouvimos constantemente que o jovem não quer trabalhar, o jovem não gosta de trabalhar, mas ninguém fala das condições de trabalho que é proposto a este jovem, ninguém fala das horas à mais que certas empresas obrigam ele a trabalhar e sem mais renumeração por isso, não falam dos abusos por parte dos patrões, dos ordenados que não são pagos a tempo e horas.
O jovem levou uma tarja de mau trabalhador e muitas das vezes o entrevistador do centro de emprego não se preocupa em saber as suas condições sociais por exemplo: Têm família? Têm filhos? Têm com quem ficar os seus filhos? É natural que quem têm família precisa de sogros, avós, tempos livres para ocupar os filhos de maneira a que os pais possam trabalhar ou então os país têm que trabalhar o mais próximo possível da sua área de residência de maneira a proteger e apanhar o ou os filhos no horário estipulado. Existem pais que não têm família por perto para ficarem com os filhos.
Outra situação é: O salário mínimo, 475 euros.
Antes de chamar uma pessoa para preencher uma vaga de emprego, devemos fazer contas, por exemplo: Santarém à Lisboa, deslocação até ao comboio, comboio e metro, por mês fica em mais de 300 euros e sem falar na comida. Eu pergunto quem quer trabalhar assim e trazer por mês cento e poucos euros para casa, você trabalharia para aquecer? Qual é o futuro de alguém que trabalha à uma hora e meia de viagem da sua residência, mesmo que o ordenado com subsídio refeição atingisse o valor de 650,00 euros.
Isto são daquelas coisas que não são ditas. Eu pessoalmente já fui explorado muitas vezes, já trabalhei sem descontar para a segurança social, numa conhecida loja da cidade, já fiz entre 2 à 4 hora a mais por dia sem receber estas horas e sem almoço ou jantar, tendo eu um ordenado mínimo e tendo que almoçar todos os dias na rua e as vezes jantar. Resultado: Trazia limpos para casa pouco mais de 70,00 euros. E a minha saúde, como é que fica? Minha vida pessoal? Familiar? E ainda o meu patrão ia me pedir para mais tarde eu ficar com um telemóvel onde eu teria que ficar a disposição fins-de-semana e 24 horas por dia e sujeito a uma gratificação que ele entendesse.
Resumindo e concluindo: Isso ninguém quer saber, pois para o Estado e para muitos funcionários somos apenas números a eliminar, a começar por aqueles que recebem subsídios.
lockyourmind (imagem original)
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